terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Os melhores e os piores de 2008 na música e entretenimento

Fim de ano chegou, assim como as pequenas e grandes empresas realizam seus balanços patrimoniais e financeiros, é hora de realizarmos um balanço do que pintou de melhor e pior no mundo da música pop,rock in roll e entretenimento em 2008.
OS PIORES DE 2008:

Dança do Creú e Mulher Melância: Com toda volúpia do seu bumbum (contrariando o exposto, qual homem não gosta?!), ela representa a vulgaridade da exposição midiática da mulher brasileira e, ainda ficamos "enfurecidos" com a visão pejorativa que o estrangeiro tem de nossas mulheres - "as mulheres-sexo". Quanto ao funk (representação real da moçada da periferia carioca) representado por ela, não tem a mesma profundidade das suas partes-traseira. Junto com sua imagem ainda vem a ridicularidade da Dança do Quadrado, Dança do Xixi e as mulheres frutas. Mas ainda assim, foi o ano do funk carioca.

Programas de auditório: Entra ano e sai ano, tem que estar presente em todas as listas dos piores, destaque para o programa da senhora Jaegger. Luciana Gimenez, podia aproveitar a oportunidade e ficar sempre calada, a pauta de seu programa usa sempre os mesmos clichês a respeito do mundo das subcelebridades e temas de vital interesse anti-social como o relacionamento homossexual entre Tammy Gretchen e uma atriz pornô. Não perderei mais tempo em falar sobre esse tema.

Seleção Brasileira com o Dunga: Sinceramente, mesmo que os resultados estejam dando credibilidade (vide o ilusório 2° lugar nas eliminatórias) a nossa seleção com o técnico em questão joga feio, de forma pragmática e previsível e ainda dependente dos lampejos de Robinho, Kaká e dos gols de Luis Fabiano. Quando não funciona aí, é um Deus nos acuda. Destaque para a solidez da defesa.

Participação brasileira nas Olimpíadas: Pífia a nossa participação dado os investimentos que o COB diz ter realizado, dessa vez nossos atletas receberam todo apoio possível. Apenas 3 medalhas de ouro não é suficiente pela magnitude que representa nosso país no mundo. Muitos amarelaram bonito como Diego Hypolito, seleção de futebol e o judô, que até então ostentava vários atletas campeões mundiais como Thiago Camilo. A excessão do Ciello, parabéns as mulheres, as melhores conquistas vieram delas - vide volei, Maurren Maggi e as meninas da Vela.

OS MELHORES DE 2008:

Black Ice - ACDC: Não obstante, alcançou o topo das paradas britânicas neste fim de ano. Certamente um dos melhores discos de rock in roll do ano. Nervoso, primitivo e forte são os adjetivos mais precisos para descrever o gelo negro australiano. Angus Young( guitarrista) usou o seus melhores acordes em músicas que virarão hits do mundo hard como Rock in Roll Train, Decibel e Spoillin For a Fight. (nota: enquanto produzia as linhas desse texto, escutava este disco).
Death Magnetic - METALLICA: Há muito tempo sem pisar em um estúdio, o Metallica voltou com tudo, Lars Ulrich, James Hetfield e sua turma sintetizaram a mesma pulsação de discos clássicos como Kill em All e Masters of Puppets, destaque para The end of the line.
Accelerate - R.E.M.: Certamente, a banda comandada pelo carismático Michael Stype conseguiu encontrar a punjança dos tempos dourados anteriores ao seu disco mais comercial - Out Of Time. Destaque para a guitarra nervosa, seguida por um refrão estridente ( Everybody here, come from somewhere") da música de trabalho - "Supernatural Superserious" mostra bem o enigma de suas letras como na bela Hollow Man. Sua passagem pelo Brasil em novembro, pelo que representa a banda no universo musical, teve pouco destaque na mídia (essa estava ocupada com as mulheres frutas e com os efeitos da crise global). Que pena!!
Dig Out Your Soul - OASIS: É sempre bom ouvir os encrenqueiros irmãos Gallagher. Naturais da fria e chuvosa Manchester, conseguem extrair toda boa sonoridade do melódico rock britânico dos anos 90. Os Gallagher, sempre vendem a imagem de que o novo trabalho em estúdio é sempre o melhor disco da banda. Este disco é bem inferior aos anteriores. Destaque para The shock of the lightning e I´m Outta Time - balada que certamente fará trilha sonora em alguma produção hollywoodana, quase no mesmo estilo do clássico Stop Crying you heart out, (da trilha sonora do filme Efeito Borboleta I)do ótimo disco Heathen Chemistry.
In Rainbows - RADIOHEAD: O Radiohead já esta acostumado a inovar na sonoridade (vide o álbum Ok Computer! e The Bends) e na atitude politicamente correta. Thom Yorke teve uma cerebral idéia em democratizar suas músicas pela rede mundial. O disco é muito bom e vale conferir a pegada da banda em março de 2009 nas apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro.
CQC - Custe o Que Custar - Tv Bandeirantes: Programa de variedades que mostra o mundo das celebridades mas sem usar a vulgaridade de outros do gênero. Possui texto, temática e piadas inteligentes e bem sacadas, flertando tanto no mundo da política, esportes e espetáculos quanto na parte de utilidade pública. O seu editor e apresentador - Marcelo Tas goza de grande prestígio em todos os meios. Excelente.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Gabarito Preliminar - PROVA PAS - Itens de Geografia - 1° Etapa

Itens tipo A e C (Pesos respectivos: 1 e 2

11 - item C, 14-e, 17-c, 27-c, 29-c, 33-e, 47-e, 49-e, 50-c, 51-c, 53-c, 54-c, 60-c, 67-e,68-e,
69-e, 70- Item C, 74 - Item A, 79- Item C, 80-c, 81-e, 86-e, 87-e, 91-c, 92-c, 102-c, 104-c
Item tipo D - Discursiva:
As transformações do ambiente natural estruturou-se em diversas etapas, tendo como inicio as formas primitivas de coleta, caça e pesca até as mais modernas estruturas agricolas. Esta última, teve na divisão social do trabalho e nas trocas generalizadas o principal modelo de organização e economia. Porém, é na organização do espaço e nos impactos ao ambiente natural que são sentidas as grandes transformações, a exemplo da concentração do espaço pelo desmatamento e acentuada pressão sobre o meio-ambiente.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

DEIXE SEU COMENTÁRIO SOBRE A DISCIPLINA E O PROFESSOR

GALERA, GOSTARIA ENCARECIDAMENTE QUE VCS DEIXASSEM POSTADOS COMENTÁRIOS SOBRE A ATUAÇÃO DO PROFESSOR, SE ELE PREENCHEU AS SUAS EXPECTATIVAS, SE PROCEDEU DE FORMA CORRETA EM SALA ENTRE OUTROS ASSUNTOS PERTINENTES. DE QUALQUER FORMA, ANTECIPADAMENTE PEÇO DESCULPAS POR EVENTUAIS PROBLEMAS E PORMENORES.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

1° ANOS - GABARITO - Prova PAS - 1° Etapa - 2006 (Apostila - Revisão)

18-c, 19-c, 20 - item C, 27-item C, 29-A, 30- item A, 31- item c, 39-c, 40-e, 42-e,43-e, 50-c,
63-c, 66-c, 67-c, 68-e, 73-e, 78-e, 79-c, 113-e, 114-c, 115-c, 116-c, 117-e, 119-e,120-e
Questões discursivas:
14-A expansão marítimo-comercial européia do sec. XVI. responsável pelo desbravamento das novas rotas do Atlântico, apoiou-se no uso das novas tecnologias naúticas (como bússola e astrolábio). Contudo, outro fator determinante foi o sentido dos deslocamentos das correntes marítimas. A exemplo da expedição que atracou na costa meridional da Bahia (descobrimento do Brasil), circulou pelas correntes das Canárias e Sul Equatorial (ver mapas correntes).
44 - A raiz da tragédia anunciada nas entrelinhas do texto e da foto retrata o desemprego. No Brasil, esta diretamente relacionado a dinâmica do perfil de evolução da divisão territorial do trabalho, estabelecida desde o período colonial, que privilegiou a produção de mercado para exportação de bens primários com exploração da mão de obra. Atualmente, a manutenção da produção, orientada pela lógica da Globalização, exige a utilização de tecnologias que por sua vez provovem elevadas taxas de desemprego, exigindo grande especialização, caracterizando assim o Desemprego Estrutural.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

BIRD analisa Desmatamento no Ecossistema Amazônico ( 2° e 3° ANOS)

LEIA COM ATENÇÃO PARTE DO RELATÓRIO DO BANCO MUNDIAL - BIRD A RESPEITO DO DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA


A ocupação intensa da Amazônia começou no início da década de 1970. Embora áreas extensas ainda permaneçam intactas, a taxa de perda da floresta é dramática, em especial no “arco do desmatamento”, ao longo das bordas sul e leste. A perda da biodiversidade e os impactos climáticos são as maiores preocupações. A vastidão das florestas remanescentes significa que os impactos potenciais do desmatamento de forma continuada são muito mais importantes que os já severos impactos que ocorreram até hoje.
Apreocupação mundial com os desmatamentos da Amazônia brasileira é em parte motivada pela imagem de um processo destrutivo no qual os benefícios econômicos e sociais são menores que as perdas ambientais. Essa percepção é também subjacente aos diagnósticos, formulação e avaliação das políticas públicas propostas pelas organizaçõesgovernamentais e não-governamentais que atuam na região, incluindo o Banco Mundial. O objetivo desse relatório é mostrar que, diferentemente das décadas de setenta e oitenta, quando a ocupação econômica foi induzida por incentivos e políticas governamentais, os desmatamentos recentes em várias regiões da Amazônia são impulsionados pela pecuária de média e grande escalas. Obedecendo à lógica privada, a dinâmica do processo de ocupação tornou-se autônoma, como demonstra o crescimento significativo dos desmatamentos na década de noventa, apesar da redução substancial dos estímulos e incentivos das políticas governamentais. Dentre as causas dessa transformação destacam-se as mudanças e adaptações tecnológicas e gerenciais das atividades pecuárias às condições geo-ecológicas da Amazônia Oriental que permitiram o aumento da produtividade e a redução dos custos.
Consoante com esta lacuna de conhecimento, existe uma percepção de que o processo dos desmatamentos da Amazônia brasileira produz perdas ambientais substanciais e pífios ganhos econômicos e sociais. Além de existir incerteza sobre a exata dimensão das perdas e dos cus tos ambientais dos desmatamentos, a percepção sobre os possíveis ganhos econômicos e sociais do processo carece de base empírica e analítica.Isto tem levado a uma gama de perspectivas sobre o real processo de ocupação e desmatamento. Entre elas incluem-se:
*os agentes dos desmatamentos têm horizontes de planejamento curto e baseiam suas atividades na mineração de nutrientes da floresta;
* a pecuária na Amazônia é pouco rentável e sua persistência só se explica pelos subsídios ou créditos do governo que sustentam ganhos especulativos;
*os pequenos produtores são importantes agentes do processo dos desmatamentos;

*a extração da madeira é uma das principais causas dos desmatamentos;
* as estradas são também causas dos desmatamentos (e não conseqüência do alto
potencial da agropecúaria da região);
*a soja vem se expandindo rapidamente no cerrado, pressionando a expansão da fronteira agrícola para as regiões de florestas;
*os custos ambientais, medidos local, nacional e globalmente, são tão elevados que tornam ]irracionais quaisquer atividades causadoras dos
desmatamentos;

Atualmente, o avanço das plantações de soja na região apresenta-se como a maior ameaça, com seu estímulo para o investimento m aciço do governo em infra-estrutura, como hidrovias, ferrovias e rodovias. O desenvolvimento da infra-estrutura desata uma cadeia traiçoeira de investimento e exploração que pode destruir mais florestas do que as próprias plantações. As evidências sobre os desmatamentos e uso do solo da Amazônia, apresentadas no trabalho, demonstram que a pecuária é a principal atividade econômica na região e que são os médios e grandes pecuaristas os maiores responsáveis pelos desmatamentos. Os pequenos proprietários atuam como fornecedores de mão-de-obra ou agentes intermediários que "esquentam" a posse da terra, mas sua contribuição direta para os desmatamentos é pequena. Independentemente das diferenças de motivações, interesses e estratégias econômicas dos inúmeros atores sociais que atuam na fronteira, ao final do processo de ocupação tem-se, quase inevitavelmente, a ocupação pecuária, que atualmente responde por cerca de 75% das áreas desmatadas na Amazônia.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

ATENÇÃO - MUDANÇAS NO PAS PARA 2009 (todas etapas)

No último mês de outubro, mais uma revisão da Matriz de Objetos de Avaliação do PAS foi concluída. Isso significa que novas obras — sejam elas literárias, científicas, filosóficas, sociológicas, musicais, artísticas — foram definidas para a 1ª etapa do Subprograma 2009. Em um processo democrático, professores de diversas escolas definiram junto com os docentes da UnB o que será avaliado nas provas do PAS que ocorrerão no ano que vem. Os professores decidiram privilegiar durante a seleção dos livros, a partir de agora, aqueles que são de domínio público. Com a medida, os estudantes poderão fazer download dessas obras em sites públicos e não pagarão nada por elas. Os colégios também podem imprimir os livros e distribuir aos estudantes que não possuem acesso à internet. Os que preferirem podem ler os textos no computador.
Apenas um dos livros escolhidos para o subprograma 2009 — Almanaque Brasil Socioambiental 2008 — não está nessa condição. Ele custa R$ 38, mas a idéia é que ele seja utilizado nas três séries a partir do ano que vem. "Primeiro, os estudantes de escola pública conquistaram a gratuidade das inscrições. Agora, essa medida é uma nova conquista para a maioria, que possui um poder aquisitivo pequeno e uma obra de R$ 25 pesa no orçamento.
Outra importante novidade que pode surpreender os alunos é a inclusão do Artigo 5.º da Constituição da República Federativa do Brasil. Ele trata dos direitos e deveres individuais e coletivos no país. Como na 1ª etapa do programa o objetivo principal é analisar como o estudante se vê inserido no mundo, a leitura do artigo contribui para a reflexão. Outros textos atuais farão parte da matriz de objetos, mas ainda não foram definidos. A sugestão é de que eles contemplem outras linguagens, como blogs. Com certeza, essas mudanças tornarão o processo mais democrático e inclusivo.
Também haverá mudanças nas obras previstas para a 2ª etapa do subprograma 2008. Os professores das escolas e o Cespe decidiram retirar alguns livros das recomendações. Dias e dias, de Ana Miranda, A máquina, de Adriana Falcão e Mundo sustentável, de André Trigueiro, não farão mais parte da matriz de objetos de avaliação para 2009.
Onde encontrar · eBooksBrasil (http://www.ebooksbrasil.org/) · Biblioteca Nacional Digital do Brasil (www.bn.br/bndigital) · Ministério da Educação (http://www.dominiopublico.gov.br/) * O único livro que não é de domínio público. Pode ser adquirido pelo site http://www.socioambiental.org/ .
É ISSO AI GALERA. PODEM CAIR MATANDO A PARTIR DE 2009.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A URBANIZAÇÃO NO MUNDO (1°ANOS)

As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia (atual Iraque), depois vieram às cidades do Vale Nilo, do Indo, da região mediterrânea e Europa e, finalmente, as cidades da China e do Novo Mundo. Embora as primeiras cidades tenham aparecido há mais de 3.500 anos a.C., o processo de urbanização moderno teve início no século XVIII, em conseqüência da Revolução Industrial, desencadeada primeiro na Europa e, a seguir, nas demais áreas de desenvolvimento do mundo atual.
No caso do Terceiro Mundo, a urbanização é um fato bem recente. Hoje, quase metade da população mundial vive em cidades, e a tendência é aumentar cada vez mais. A cidade subordinou o campo e estabeleceu uma divisão de trabalho segundo a qual cabe a ele fornecer alimentos e matérias-primas a ela, recebendo em troca produtos industrializados, tecnologia etc. Mas o fato de o campo ser subordinado à cidade não quer dizer que ele perdeu sua importância, pois não podemos deixar de levar em conta que: • Por não ser auto-suficiente, a sobrevivência da cidade depende do campo; • Quanto maior a urbanização maior a dependência da cidade em relação ao campo no tocante à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas. Conceito A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente associada à concentração de muitas pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias (indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população urbana é superior a da população rural.
A Inglaterra foi o primeiro país do mundo a se urbanizar (em 1850 já possuía mais de 50% da população urbana), no entanto a urbanização acelerada da maior parte dos países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir da segunda metade do século XIX.
Além disso, esses países demoram mais tempo para se tornar urbanizados que a maioria dos atuais países subdesenvolvidos industrializados. Vemos, então, que, em geral, quanto mais tarde um país se torna industrializado tanto mais rápida é sua urbanização. Observe esses dados:
• Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com população superior a 1 milhão de habitantes. Dessa, somente duas (Pequim e Calcutá) pertenciam ao Terceiro Mundo.
• Em 1950 havia vinte cidades no mundo com população superior a 2,5 milhões de habitantes. Dessas, apenas seis (Xangai, Buenos Aires, Calcutá, Bombaim, Cidade do México e Rio de Janeiro) estavam situadas no Terceiro Mundo. Observação: a cidade de São Paulo nem constava dessa lista.
• Para o ano 2000, as estimativas mostram que, das 26 aglomerações urbanas com mais de 10 milhões de habitantes, nada menos que vinte delas estarão no Terceiro Mundo. A maior aglomeração urbana mais populosa do mundo será a Cidade do México, com 32 milhões de habitantes, o equivalente à população da Argentina em 1990. São Paulo aparece como a segunda aglomeração urbana, com 26 milhões de habitantes. Urbanização nos diferentes grupos de países
Considerando-se os vários agrupamentos de países, a situação urbana pode ser simplificada como mostramos a seguir. Países capitalistas desenvolvidos. A maior parte desses países já atingiu índices bastante elevados e, praticamente, máximos de urbanização. A tendência, portanto, é de estabilização em torno de índices entre 80 e 90%, embora alguns já tenham ultrapassado os 90%. Países capitalistas subdesenvolvidos. Nesse grupo, bastante heterogêneo, destacamos:
• Subdesenvolvidos industrializados. A recente e rápida industrialização gerou acentuado desequilíbrio das condições e da expectativa de vida entre a cidade e o campo, resultando num rapidíssimo processo de urbanização, porém com conseqüências muito drásticas (subemprego, mendicância, favelas, criminalidade etc.). Isso porque o desenvolvimento dos setores secundário e terciário não acompanhou o ritmo da urbanização, além da total carência de uma firme política de planejamento urbano. Alguns desses países apresentam taxas de urbanização iguais e até superiores às de países desenvolvidos, embora, com raras exceções, a urbanização dos países subdesenvolvidos se apresente em condições extremamente precárias (favelas, cortiços etc.).
• Subdesenvolvidos não-industrializados. Em virtude do predomínio das atividades primárias, a maior parte desses países apresenta baixos índices de urbanização. Países socialistas. Os países socialistas são relativamente pouco urbanizados. A razão fundamental está na planificação estatal da economia, que tem permitido ao estado controlar e direcionar os recursos (investimentos), podendo assim exercer maior influência na distribuição geográfica da população. Os índices de população urbana dos países socialistas desenvolvidos são semelhantes aos do subdesenvolvidos industrializados.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Expansão da área de influência de Brasília (1° e 2° ano)

Estudo realizado pelo IBGE, intitulado como: "Regiões de influência das cidades - 2008" divulgado no dia 10/10, mostra a expansão da área de influência economica e urbana de Brasília, veja abaixo as principais abordagens:

A região de influência da capital do país vai muito além das 29 Regiões Administrativas do DF e dos 22 municipíos do Entorno, região conhecida tecnicamente como RIDE - Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno e DF. Segundo estudo levantado pelo IBGE, Brasília é referência para mais de 9.6 milhões de habitantes que vivem em 298 municípios. Estas áreas de influência estão localizadas no Noroeste de Minas Gerais, oeste da Bahia, sul de Tocantins e especialmente Goias. Nas primeiras edições do estudo - 1972,1987,2000 o poder de Brasília explicava-se pelo fato de ser o centro político e o palco das decisões administrativas do país. Desta vez, ao lado do Rio de Janeiro, a cidade recebeu o título de metrópole nacional e assumiu o status de capital em todas as dimensões. Agora, esta apenas atrás de São Paulo (considerada grande metrópole nacional) e Rio de Janeiro, quando observado a extensão de influência. Das 12 grandes redes de influência elencadas pelo instituto, Brasília é a que possui o mais alto PIB per capita: R$ 25,3 mil. Para se ter uma idéia da sua expansão, a zona de influência alcança inclusive as redes de Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) e cidades com mais de 600 km de distância como Barreiras e Bom Jesus da Lapa, na Bahia também aparecem na área de influência. O estudo levou em contas três fatores: a subordinação das cidades à gestão federal, o impacto empresarial e econômico da localidade e por último a oferta de serviços, produtos e rede urbana.
A região considerada Entorno de Brasília é muito maior segundo o IBGE, o estudo mostra que há gente morando muito longe da capital federal, mas que tem a cidade como principal alicerce. Pela primeira vez Brasília é listada como Metrópole Nacional. Por um lado é bom, representa progresso e geração de renda. Por outro, serve de alerta, já que o DF já sofre grande pressão demográfica exercida pelas cidades vizinhas, agora tem de se preocupar com a demanda oriunda de mais de 250municípios, estejam eles onde estiver.
Se pensarmos nos desafios criados pelo título de metrópole nacional, o mais latente é, sem dúvida, o da saúde pública. Todo dia, antes das 5 horas da manhã a prefeitura de Buritis -MG disponibiliza um microônibus cheio de pacientes rumo a Brasília.
Quanto a economia, o fato é de comemorar, "pois quanto maior a área de influência de uma cidade, maiores os recursos atraídos para ela. A cidade suga parte dos recursos da região", explica o economista Júlio Miragaya, coordenador de planejamento territorial do Ministério da Integração Nacional. Portanto, conclui-se que existe a tendência de aumentar a concentração de riquezas no DF, pois direta ou indiretamente as cidades vinculadas a zona de influência consomem aqui. Inclusive, segundo o IBGE, até para se fazer compras e ter acesso a serviços essenciais a população no Brasil deve se deslocar em média 49 km, realizando grandes deslocamentos enquadrados como migração intra-regional pendular.
O estudo identificou 12 principais centros urbanos do país com uma extensa área de influência direta. São Paulo aparece sozinha no nível de Grande Metrópole, sendo o maior conjunto urbano do país, Rio e Brasília vem logo em seguida. Em um terceiro nível encontram-se Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Goiania, Belém, Recife e Fortaleza. Anteriormente Brasília e Manaus, por exemplo, eram classificadas como Centros Regionais.
Mais informações - site IBGE e Correio Braziliense - Caderno Cidades - 19/10/2008

terça-feira, 7 de outubro de 2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Oasis lança seu novo álbum

Com lançamento mundial previsto para essa segunda-feira - dia 6, o novo álbum do Oasis,
Dig out your soul, gravado no lendário estúdio Abbey Road, o sétimo trabalho de estúdio de uma das principais bandas britânicas. Surgida na década de 90 na fria e úmida Manchester, envolvidos na nostalgia e nas influências de outras bandas do itinerário Manchester - Liverpool como Beatles, Stone Roses, Smiths, Happy Mondays. Liderada pelos criativos e encrenqueiros irmãos Gallagher, o Oasis foi juntamente com o Blur (outra banda de Manchester) os responsáveis pelo ressurgimento do Britrock no cenário mundial, num período em que a também fria e úmida Seattle, na costa do pacífico norte-americano também despontava suas bandas, modas e tendências, era o auge do Grunge com Nirvana, Alice in Chains e Pearl Jam. É com certeza um lançamento esperado para a galera que curte a qualidade e a sonoridade proveniente da velha ilha. As músicas já se encontram disponíveis para audição em: http://www.myspace.com/ ou http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=4385325. É só ouvir !!!

Entenda a crise econômica nos EUA (3°ano)

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A globalização nos colocou todos em um mesmo barco. Um barco a mercê das tempestades e marés econômicas. A interdependência dos mercados mundiais cria um efeito borboleta muitas vezes devastador em economias que dependem quase que exclusivamente dos investimentos e ânimos internacionais.
A crise imobiliária dos EUA, assunto obrigatório em noticiários econômicos, gera um ambiente movediço na estrutura macroeconômica nacional. Somos afetados sem ao menos saber o que nos atingiu. O objetivo desse artigo é elucidar alguns pontos que ajudarão na compreensão desse fenômeno internacional.
Com a grande depressão iniciada em 1929, o mundo conheceu um vilão criado pela "mão invisível" do mercado defendida por Adam Smith, a Recessão econômica. Desde então, nada assusta mais o desenvolvimento de uma economia que uma desaceleração generalizada no consumo. Em 2001, após os atentados terroristas de 11 de setembro, os EUA estiveram à beira de uma crise. Os estadunidenses reduziram drasticamente o consumo, levando o presidente George W. Bush a divulgar um comunicado à nação convidando-os às compras. No mesmo período o Federal Reserve, banco central norte-americano, baixou significativamente a taxa básica de juros. O mercado reagiu a essas medidas e o resultado foi uma grande abertura nas linhas de crédito imobiliário, inclusive às pessoas que se enquadravam no subprime, clientes que não têm uma renda comprovada e possuem um histórico de inadimplência.
O grupo de clientes subprime, oferecem um alto risco de retorno de capital e devido a isso pagam juros que chegam até 12%. Querendo não arcar com todo o risco envolvido nessa transação imobiliária, as financeiras abrem títulos no mercado com o intuito de adiantar vencimentos, tais títulos são bem aceitos justamente por conta da alta taxa de juros envolvida. Corretoras de investimento compram os títulos, gerando um outro capital a ser emprestado pela financeira, e repassam os papéis como proposta de investimento a seus investidores espalhados por todo o mundo. Essa cadeia gera uma liquidez incerta, um efeito cascata onde se o cliente subprime não cumprir com sua obrigação de dívida, todos os demais setores envolvidos serão afetados.
Após a retomada do crescimento norte-americano, por volta de 2003-2004, o FED sentiu-se à vontade em aumentar a taxa de juros. As pessoas que tinham adquirido seus imóveis, que possuíam seus compromissos hipotecários, viram suas dívidas praticamente duplicarem de valor. O resultado foi um aumento significativo no índice de inadimplência, o que gerou a chamada "bolha imobiliária" que veio a explodir em meados de 2007. Essa bolha criada pela inadimplência cria um enrosco contábil nas contas das várias instituições financeiras e corretoras de investimentos que vêem com a deflagração da crise, os saques de seus investidores.
O quadro atual é que o consumidor norte-americano pode ficar sem moradia, sem poupança e diminuir seu consumo, com isso o maior importador global, os EUA, deixam de comprar mercadorias internacionais afetando o comportamento exportador de algumas nações; sem falar na redução dos investimentos estrangeiros e a diminuição dos negócios nas bolsas de valores de todo o mundo.
Os EUA já assumiram a crise e criaram pacotes econômicos na tentativa de conter o fenômeno imobiliário. O Brasil devido a uma moeda segura e estável, a um valor confortável de reservas internacionais em dólares, está preparado mas não imune a turbulências internacionais.
Não podemos ter mais uma visão clássica de que num mercado global cada país é uma ilha. Uma crise numa grande economia como a americana afeta à todos, a questão não é torcer ou não torcer para que tal situação seja superada, e sim criar mecanismos que nos dêem uma estabilidade econômica para o que possa vir de pior ainda nessa tempestade.

Por: Caio Cézar
Professor de Matemática e estudante de Economia pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O “encolhimento” das populações do Japão e da Rússia (1° ano)

Por outro lado, cerca de 50 países, em sua maioria considerados desenvolvidos, como a Alemanha, Itália e Japão vão perder população até 2050. A Rússia representa um caso emblemático no que diz respeito à quantidade de população que o país está “perdendo” e ainda deverá perder. Se por exemplo, compararmos o “encolhimento demográfico” da Rússia e do Japão veremos que sua causa, dinâmicas e conseqüências são bem diferenciadas.Excetuando-se o período da Segunda Guerra Mundial, o Japão só começou a apresentar uma diminuição absoluta de sua população entre 2004 e 2005. A perda populacional nesse período foi de aproximadamente 20 mil habitantes. Essa diminuição já vinha sendo prevista desde a década de 1970 e tem como causas fundamentais a queda da taxa de natalidade a níveis muito baixos e o aumento da mortalidade.Possuindo um dos mais elevados padrões de vida do mundo, os casais japoneses têm cada vez menos filhos ao mesmo tempo em que a expectativa de vida é cada vez maior. Hoje o país está entre aqueles com maior participação de indivíduos idosos em relação à população total. Esse segmento etário é aquele mais suscetível a determinados tipos de doenças, especialmente gripes. Em suma, a diminuição numérica da população nipônica nada mais é que um dos sintomas do seu alto nível de desenvolvimento.O caso da Rússia é bem diferente. Primeiramente, a diminuição da população russa é mais antiga e muito mais expressiva numericamente falando que a japonesa. Nos últimos dez anos a população da Rússia encolheu em cerca de 10 milhões de indivíduos. Hoje ela é de 143 milhões e, mantidas as tendências demográficas, ficará reduzida a mais ou menos 100 milhões em 2050. As causas gerais dessa sangria populacional são a queda da natalidade, o aumento da mortalidade e a emigração.Na época da União Soviética, de maneira geral, os jovens casavam com pouco mais de 20 anos e logo tinham filhos. Hoje essa situação é adiada ao máximo. Mas, a natalidade é também contida, e muito, pelas dificuldades econômicas que se acentuaram após o fim da União Soviética (1991). A caótica transição para a economia de mercado levou à ampliação do desemprego, ao rebaixamento dos salários, ao déficit crônico de moradias, aumento do custo de vida e dos serviços de saúde. Segundo o Banco Mundial, 20% da população russa vive hoje abaixo do nível de pobreza, recebendo o equivalente à R$ 90,00 por mês.A elevada mortalidade na Rússia não está ligada aos efeitos decorrentes do expressivo número de idosos como no Japão. A singularidade reside na elevada taxa de mortalidade precoce entre indivíduos do sexo masculino, situação atribuída ao elevado consumo de álcool e tabaco e também pelas tensões geradas pelos problemas econômicos que o país vem atravessando. A guisa de comparação, a expectativa de vida de um russo é de 59 anos, enquanto a de um nipônico é de 79.

Cenários geopolíticos no Oriente Médio (3° ano)

Apesar da dinâmica e do entrelaçamento dessas questões, que têm ainda como pano de fundo o interesse internacional nas enormes reservas petrolíferas dos países do Golfo Pérsico e o avanço do extremismo islâmico, pode-se tentar levantar alguns pontos que, ao que tudo indica, deverão ter continuidade nos próximos anos.O primeiro deles é que os Estados Unidos continuarão a ser a potência com mais influência na região. Todavia, ela será menor do que já foi no passado, pois as políticas e estratégias norte-americanas para a região serão cada vez mais contestadas por outros atores da cena internacional, como a União Européia, a Rússia e a China.O segundo é que o Irã parece cada vez mais se firmar como um dos Estados mais poderosos da região em virtude não só da riqueza fornecida pelo petróleo, mas também porque sua influência tem se fortalecido no Iraque e junto a grupos como o Hezbollah libanês e o Hamas palestino.Já Israel, uma outra potência regional, tem dois grandes trunfos: o incondicional apoio dos sucessivos governos dos Estados Unidos e a posse de um arsenal nuclear. No entanto, continua sendo um “corpo estranho” numa região dominantemente árabe-muçulmana e não tem conseguido equacionar as relações com seus vizinhos árabes e muito menos buscar soluções satisfatórias com a população palestina. Esta situação representa um grande obstáculo para que se estabeleça um processo duradouro de paz na região.Por outro lado, a situação do Iraque deverá permanecer caótica pelo menos nos próximos anos, o terrorismo continuará atuante na região e o Islã persistirá preenchendo o vazio político deixado pelo fracasso de modelos sócios econômicos ocidentais implementados sem sucesso por alguns dos governos de países da região. De maneira geral, os regimes dos países árabes continuaram mantendo-se com grande grau de autoritarismo.Sob o ângulo econômico o petróleo, principal matéria-prima energética extraída na região, continuará apresentando preços cada vez mais elevados e, paradoxalmente, o comércio intra-regional permanecerá praticamente com pouca expressão.

Os biocombustíveis, o etanol e a fome no mundo (todas séries)

No primeiro caso, estão as preocupações de caráter ambiental que derivam da crescente busca para a redução de emissões de gases que aceleram o efeito estufa. Quanto aos governos, a segurança energética relaciona-se com a redução da dependência da importação de petróleo, bem cada vez mais escasso e cujos principais países exportadores encontram-se em regiões com freqüentes instabilidades políticas. É nesse contexto que a experiência brasileira no uso do álcool derivado da cana-de-açúcar desperta a atenção mundial. O Brasil está, há pelo menos três décadas, na vanguarda da corrida dos biocombustíveis, em decorrência não só da enorme quantidade de terras e recursos hídricos disponíveis, como também por seu domínio tecnológico na produção de cana, a mais importante das matérias-primas utilizadas para produzir açúcar, etanol e eletricidade de forma competitiva.A decisão dos governos dos Estados Unidos (EUA) e dos países da União Européia (UE) em pelo menos duplicar o seu consumo de biocombustíveis nos próximos anos não só acirrou inúmeros interesses, como também ensejou grandes polêmicas. Uma das principais polêmicas é aquela que discute o impacto que o crescimento das culturas agrícolas ligadas à produção de biocombustíveis causariam à produção de alimentos. De início deve-se ressaltar que a importância dos combustíveis de origem agrícola no mercado global de energia é pequena, visto não representarem mais do que 1% da produção de combustíveis fósseis. Mas, o crescente impacto do boom agroenergético tem afetado, de forma mais ou menos significativa, certos mercados agrícolas, especialmente o do milho, a principal matéria prima usada para produção de etanol nos EUA. A produção norte-americana do etanol já consome cerca de 20% do milho produzido no país e esta cultura vem avançando gradativamente sobre áreas de outros plantios, especialmente os dedicados à soja. Isso tem ocasionado aumento dos preços de certos produtos agrícolas e causado desequilíbrios na estrutura dos mercados agropecuários (especialmente os de rações), além de afetar as exportações (os EUA são os maiores exportadores mundiais).Já o impacto da expansão da agroenergia nos mercados agrícolas é muito menor em países como o Brasil, que produzem álcool a partir da cana. Mais eficiente que o milho ou qualquer outra cultura agrícola, a produtividade da cana é duas vezes maior que a do milho e seu custo de produção é 30% menor.Do total de terras aráveis do Brasil (aproximadamente 340 milhões de hectares), cerca de 2,0% são usadas para o cultivo de cana, metade delas dedicadas à produção de etanol. A cultura da cana deverá se ampliar nos próximos anos às custas das terras dedicadas ao plantio de soja (cerca de 6,0% das terras aráveis) e milho (3,2%) e também sobre as áreas de pastos que correspondem a quase 60% das terras aráveis. Mas, não há certeza que, em algumas áreas, a cana não possa se expandir em detrimento a algumas culturas alimentares. Daí, a ferrenha oposição setores da sociedade em relação a essa expansão.Estimativas para a safra de cana de 2007/2008 indicam que ela crescerá 15% em relação a de 2006/2007 e o aumento se verificará em quase todas as unidades federativas. Os estados que apresentarão o maior crescimento porcentual serão a Bahia (75,9%) e Tocantins (73,5%). Todavia, em volume, a produção de cana é bem concentrada. Cerca de 85% dela verifica-se no Centro-Sul, com destaque para São Paulo com aproximadamente 70% do total regional. O Paraná (porção norte), Minas Gerais (região do Triângulo Mineiro), Mato Grosso Sul (leste) e centro-sul de Goiás completam o quadro. Há estudos em andamento no Ministério da Agricultura no sentido de se estabelecer um zoneamento agroecológico do setor sucroalcooleiro cujo objetivo seria o de definir as áreas disponíveis para a ampliação da produção levando em conta não só os índices de produtividade, mas também os impactos ambientais e socioeconômicos dessa expansão.Os EUA e o Brasil são, nessa ordem, os maiores produtores mundiais de etanol, sendo os norte-americanos os maiores importadores do produto e nosso país o maior exportador. Todavia, o Brasil não possui as limitações de expansão de área cultivada como os EUA, já que a cana pode, a princípio, se expandir especialmente em áreas de cerrado, que tradicionalmente têm sido utilizadas para pastagens ou produção de soja. O Brasil, por exemplo, poderia produzir 132 milhões de litros de etanol, volume necessário para substituir 15% da gasolina nos EUA, com cerca de 30 milhões de hectares de cana-de-açúcar, o triplo da área atual de cana, porém apenas 10% da nossa reserva de pastagens.Se produzida com alta tecnologia, a agroenergia representa uma extraordinária oportunidade para os países subdesenvolvidos da América Latina, África e parte da Ásia. O Brasil, em particular, tem uma chance de ouro para estar à frente dos demais países no contexto global da bioenergia, buscando consolidar o álcool (e também o biodiesel) como commodities globais, produzidas de forma ambiental e socialmente correta.A expressiva alta dos alimentos nos últimos dois anos e a crise alimentar que vem afetando muitos países pobres como o Haiti, Burkina Fasso, Níger, entre outros levou vários especialistas ligados a organismos multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a afirmar que esses problemas, que poderiam se alastrar por outros países eram causados pela expansão dos cultivos dedicados a produção de biocombustíveis (o etanol em particular) em detrimento daqueles dedicados a alimentação humana. Na verdade, o problema tem como causas uma combinação de fatores que atuam de forma diferenciada em vários países. Genericamente seriam cinco os principais fatores que explicam, em termos mundiais, a situação atual. O aumento da produção de biocombustíveis e a manutenção dos subsídios agrícolas em países ricos, como os EUA e países da UE. O aumento dos custos da produção agrícola como decorrência do aumento do petróleo e dos fertilizantes. O forte incremento do consumo de alimentos por parte de países emergentes de grande população como são os casos da China, Índia, Brasil e México. A quebra de safras em vários países produtores de grãos cujo exemplo mais evidente é o da Austrália, atingida por secas prolongadas nos últimos anos. A crise financeira dos EUA que levou investidores a apostar em contratos de mercadorias, contribuindo também para o aumento de preços dos alimentos.
Marcos Augusto de Almeida, 35 anos.