segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Entenda a crise econômica nos EUA (3°ano)

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A globalização nos colocou todos em um mesmo barco. Um barco a mercê das tempestades e marés econômicas. A interdependência dos mercados mundiais cria um efeito borboleta muitas vezes devastador em economias que dependem quase que exclusivamente dos investimentos e ânimos internacionais.
A crise imobiliária dos EUA, assunto obrigatório em noticiários econômicos, gera um ambiente movediço na estrutura macroeconômica nacional. Somos afetados sem ao menos saber o que nos atingiu. O objetivo desse artigo é elucidar alguns pontos que ajudarão na compreensão desse fenômeno internacional.
Com a grande depressão iniciada em 1929, o mundo conheceu um vilão criado pela "mão invisível" do mercado defendida por Adam Smith, a Recessão econômica. Desde então, nada assusta mais o desenvolvimento de uma economia que uma desaceleração generalizada no consumo. Em 2001, após os atentados terroristas de 11 de setembro, os EUA estiveram à beira de uma crise. Os estadunidenses reduziram drasticamente o consumo, levando o presidente George W. Bush a divulgar um comunicado à nação convidando-os às compras. No mesmo período o Federal Reserve, banco central norte-americano, baixou significativamente a taxa básica de juros. O mercado reagiu a essas medidas e o resultado foi uma grande abertura nas linhas de crédito imobiliário, inclusive às pessoas que se enquadravam no subprime, clientes que não têm uma renda comprovada e possuem um histórico de inadimplência.
O grupo de clientes subprime, oferecem um alto risco de retorno de capital e devido a isso pagam juros que chegam até 12%. Querendo não arcar com todo o risco envolvido nessa transação imobiliária, as financeiras abrem títulos no mercado com o intuito de adiantar vencimentos, tais títulos são bem aceitos justamente por conta da alta taxa de juros envolvida. Corretoras de investimento compram os títulos, gerando um outro capital a ser emprestado pela financeira, e repassam os papéis como proposta de investimento a seus investidores espalhados por todo o mundo. Essa cadeia gera uma liquidez incerta, um efeito cascata onde se o cliente subprime não cumprir com sua obrigação de dívida, todos os demais setores envolvidos serão afetados.
Após a retomada do crescimento norte-americano, por volta de 2003-2004, o FED sentiu-se à vontade em aumentar a taxa de juros. As pessoas que tinham adquirido seus imóveis, que possuíam seus compromissos hipotecários, viram suas dívidas praticamente duplicarem de valor. O resultado foi um aumento significativo no índice de inadimplência, o que gerou a chamada "bolha imobiliária" que veio a explodir em meados de 2007. Essa bolha criada pela inadimplência cria um enrosco contábil nas contas das várias instituições financeiras e corretoras de investimentos que vêem com a deflagração da crise, os saques de seus investidores.
O quadro atual é que o consumidor norte-americano pode ficar sem moradia, sem poupança e diminuir seu consumo, com isso o maior importador global, os EUA, deixam de comprar mercadorias internacionais afetando o comportamento exportador de algumas nações; sem falar na redução dos investimentos estrangeiros e a diminuição dos negócios nas bolsas de valores de todo o mundo.
Os EUA já assumiram a crise e criaram pacotes econômicos na tentativa de conter o fenômeno imobiliário. O Brasil devido a uma moeda segura e estável, a um valor confortável de reservas internacionais em dólares, está preparado mas não imune a turbulências internacionais.
Não podemos ter mais uma visão clássica de que num mercado global cada país é uma ilha. Uma crise numa grande economia como a americana afeta à todos, a questão não é torcer ou não torcer para que tal situação seja superada, e sim criar mecanismos que nos dêem uma estabilidade econômica para o que possa vir de pior ainda nessa tempestade.

Por: Caio Cézar
Professor de Matemática e estudante de Economia pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

23 comentários:

Anônimo disse...

A crise economica cria um efeito devastador em economias que dependem quase exclusivamente dos investimentos e ânimos internacionais.
A crise imobiliaria, nos afeta sem ao menos saber o que nos atingiu.
O mercado exportador será afeto visto que o maior importador global, os EUA, deixam de comprar mercadorias internacionais afetando o comportamento exportador de algumas naçoes, sem falar na reduçao dos investimentos estrangeiros e a diminuiçao dos negócios nas bolsas de valores de todo o mundo.
É sabido que mesmo a crise sendo lá no EUA, afeta toda economia global.
E a melhor maneira de se proteger nessa "chuva" é criar mecanismos para que nos dêem uma estabilidade econômica, pois a tempestade está apenas começando.

Rodrigo André
131

Maíce Tâmara disse...

Pude entender que a crise dos Estados Unidos não só o prejudica mas afeta também todos os países que de maneira direta ou indireta estão ligados ao mesmo.
A crise começou com o aumento das linhas de creditos imobiliários e sua falta de segurança, acarretando não somente balanços nas bolsas de valores americanas mas também de muitos países.
O Brasil esta preparado para tal situação com uma moeda segura e estável e um bom valor de reservas internacionais em dólares.Porém não esta imune a abalos internacionais.

Anônimo disse...

Os EUA já assumiram a crise e criaram pacotes econômicos na tentativa de conter o fenômeno imobiliário. O Brasil devido a uma moeda segura e estável, a um valor confortável de reservas internacionais em dólares, está preparado mas não imune a turbulências internacionais.
Não podemos ter mais uma visão clássica de que num mercado global cada país é uma ilha. Uma crise numa grande economia como a americana afeta à todos, a questão não é torcer ou não torcer para que tal situação seja superada, e sim criar mecanismos que nos dêem uma estabilidade econômica para o que possa vir de pior ainda nessa tempestade.
É certo que os EUA estão caminhando para um recessão.
E que trará muito prejuizo para todos países.

Anônimo disse...

Uma das potencias mundias vem sofrendo uma grave crise economica do qual está proxima a uma recessão.

Por causa da dependencia que vários países tem em relação aos EUA , essa crise se propaga mundialmente derrubando as principais bolsas de valores do planeta.

O Brasil por ter uma moeda estavel a economia está segura , mas está sujeita a passar por turbulencias internacionais.

O governa americano lança invertimentos e medidas para reverter esta situação , porem nem mesmo eles sabem ao certo se as medidas adotadas serão suficientes.

Como diz o texto de Caio Cézar temos que ter uma visão mais aprofundada e inteligente economicamente. Com a globalização os paises são interligados entre si, e no caso de uma crise numa grande economia como a americana afeta a todos, o objetivo é criar mecanismos do qual possamos está preparados para o pior.

Anônimo disse...

Os Estados Unidos estão enfrentando uma grande crise econômica cuja origem está no mercado de hipotecas norte-americano.

Como a globalização criou uma interdependência entre os mercados mundiais, a crise acaba afetando o mundo inteiro, em maior ou menor grau.

Com a crise atual, há menos dinheiro no mercado e bancos em todo o mundo estão mais cautelosos, têm diminuído seus empréstimos e cobrado mais caro por eles.

Com a queda do poder de consumo norte-americano, os EUA reduzem a importação de mercadorias e o investimento estrangeiro. Bolsas de valores do mundo todo são fortemente afetadas.

Acredita-se que o Brasil esteja preparado para enfrentar a crise, mas não que esteja isento de suas conseqüências.

Rayanne Torres - 131

Liliane Lucena disse...

Gostei do texto... Muito bom saber de onde vem a crise dos Estados Unidos que hoje afete boa parte do globo.
Saber que essa crise teve origem depois de os Estados Unidos ficarem a margem de uma crise do consumo apos o atentado terrorista de 11 de setembro. O governo dos EUA lançaram medidas que insentivavavm o consumo, afim de reaquecer o comercio americano. O FED abaixou as taxas básica de juros. O mercado reagiu a essa medida e o resultado foi uma grande abertura nas linhas de crédito imobiliário, inclusive às pessoas concideradas subprime, clientes que não têm uma renda comprovada e possuem um histórico de inadimplência poderam adquirir seu imovél. Por serem de baixa renda esse grupo de pessoas ofereciam risco para as financeira
e por isso pagamvam juros de atá 12%. As financeiras com medo de ficar com prejuizo abriram títulos no mercado para adiantar os vencimento dos mesmos. Por terem os juros muito elevados os títulos eram bem aceitos do mercado. Com essas medidas o mercado norte-americano foi entrando de novo nos eixos e por volta de 2003-2004, o FED voltou a elevar os juros e as pessoas que tinham adquirido seus imóveis viu sua divida praticamente dobrar de valor. Como concequencia o índice de inadiplencia aumentou significativamente gerando o que foi chamado de "bolha imobiliária" que podia explodir a qualquerr momento. E explodiu em meados de 2007. Como esses títulos foram para o mundo todo, um efeito cascata ocorreu.
A atual situação da população norte-americana é que alguns podem ficar sem moradia, com pouco dinheiro na poupança com a diminuição acentuada da taxa de consumo. com isso os EUA, maior importado do mundo, deixam de comproar mercadorias internacionais afetando o comportamento exportador de algumas nações. Sem falar na redução dos investimentos estrangeiros e a diminuição dos negócios nas bolsas de valores de todo o mundo. Os EUA assumiram a crise e já criaram medidas para soluciomar a mesma. o Brasil tem uma boa reserva de dólar que garantiu a passagem por essa crise sem serios danos a nossa ecônomia, mas alterações no mercado brasileiro ja ocorreram com o aumento da cotação do dólar. Isso mostra que na globalização os países estão interligados e nem um pais pode se conciderar uma ilha. Crises como essa voltarão a ocorrer com o escrever da história, e o fato é que não devemos esperar essas crises chegarem paro poder tomar atitudes curativas e sim se preparar para essas crises com ações preventivas.

Anônimo disse...

Fala professor blz
valeu por nos proporcionar
mais um pouco de "conhecimento"
um abraço.

Anônimo disse...

A crise no mercado hipotecário dos EUA é uma decorrência da crise imobiliária pela qual passa o país, e deu origem, por sua vez, a uma crise mais ampla, no mercado de crédito de modo geral. O principal segmento afetado, que deu origem ao atual estado de coisas, foi o de hipotecas, que embutem um risco maior de inadimplência. No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, por isso o pessimismo influencia os mercados globais.

Maressa Vila Flor - 131

Turma - 131 disse...

Não podemos ter mais uma visão clássica de que num mercado global cada país é uma ilha. Uma crise numa grande economia como a americana afeta à todos, a questão não é torcer ou não torcer para que tal situação seja superada, e sim criar mecanismos que nos dêem uma estabilidade econômica para o que possa vir de pior ainda nessa tempestade.
É certo que os EUA estão caminhando para um recessão.
E que trará muito prejuizo para todos países.
Os EUA assumiram a crise e já criaram medidas para soluciomar a mesma. o Brasil tem uma boa reserva de dólar que garantiu a passagem por essa crise sem serios danos a nossa ecônomia, mas alterações no mercado brasileiro ja ocorreram com o aumento da cotação do dólar. Isso mostra que na globalização os países estão interligados e nem um pais pode se conciderar uma ilha.

Anônimo disse...

Valeu professor muito enteressante
o texto.

Anônimo disse...

Esse texto é muito bom. mostra q os EUA já assumiram q estão passando por uma crise e q o brasil ñ está sendo afetado por ela
vlw

Anônimo disse...

A crise no EUA é uma consequencia da crise imobiliária na qual o país esta passando e deu origem por sua vez, a uma crise mais ampla, no mercado de crédito de modo geral.
O nosso país por ter uma moeda estável a economia está de certa forma segura, mas está sujeita a passar por turbulencias internacionais.
O governo americano lança investimentos e medidas para reverter esta situação, porém nem mesmo eles sabem ao certo se as medidas adotadas serão suficientes para salva-los da crise.Com a globalização os paises são interligados, e no caso de uma crise numa grande economia como a americana afeta a todos, o objetivo é criar mecanismos do qual possamos está preparados para o pior.


Phábio Willyan 131

Anônimo disse...

A crise pela qual passa os EUA atualmente é na verdade o resultado do mau planejamento na distribuição de capital para países emergentes.
A crise exacerbou-se logo após a produção demasiada de bens pelo mercado norte-americano sem que houvesse um mercado consumidor em potencial.

Thalles Cid - 131

Anônimo disse...

A crise dos EUA é uma decorrência da crise imobiliária O principal segmento afetado, que deu origem ao atual estado de coisas, foi o de hipotecas chamadas de "subprime", que embutem um risco maior de inadimplência.

Os juros do Federal Reserve vieram caindo para que a economia se recuperasse, e o setor imobiliário se aproveitou desse momento de juros baixos. A demanda por imóveis cresceu, devido às taxas baixas de juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas.

karoline Rodrigues - turma 131 ceag

Anônimo disse...

MATHEWS ALMEIDA - 131

A crise no mercado hipotecário dos EUA é uma decorrência da crise imobiliária pela qual passa o país, e deu origem, por sua vez, a uma crise mais ampla, no mercado de crédito de modo geral. O principal segmento afetado, que deu origem ao atual estado de coisas, foi o de hipotecas chamadas de "subprime", que embutem um risco maior de inadimplência.

gataocam07 disse...

e aew professor..
intendi q o Brasil devido a uma moeda segura e estável, a um valor confortável de reservas internacionais em dólares, está preparado mas não imune a turbulências internacionais...

abraço professor...

Anônimo disse...

otimo texto deixou bem claro os motivos da crise economica dos EUA... Federal Reserve, banco central norte-americano, baixou significativamente a taxa básica de juros. O mercado reagiu a essas medidas e o resultado foi uma grande abertura nas linhas de crédito imobiliário, inclusive às pessoas que se enquadravam no subprime, clientes que não têm uma renda comprovada e possuem um histórico de inadimplência.E a crise pode afetar varios paises pois o consumidor norte-americano pode ficar sem moradia, sem poupança e diminuir seu consumo, com isso o maior importador global, os EUA, deixam de comprar mercadorias internacionais afetando o comportamento exportador de algumas nações; sem falar na redução dos investimentos estrangeiros e a diminuição dos negócios nas bolsas de valores de todo o mundo.

Anônimo disse...

...A expansão econômica parecia infinita e ia em dois sentidos, para a frente e para cima. O capitalismo tinha encontrado sua fórmula mágica “definitiva” para superar as crises – chamadas agora de recessões - manipulando os instrumentos financeiros que permitiam que os refluxos fossem relativamente breves e de baixo impacto. Em essência, a fórmula adotada no Consenso de Washington apelava para a abertura dos mercados, a liberalização absoluta do fluxo de capitais, a inflação financeira quase descontrolada e o controle dessas desregulamentações pelos instrumentos mundiais de controle que no caso o FMI e Banco Mundial.
O quadro atual é que o consumidor norte-americano pode ficar sem moradia, sem poupança e diminuir seu consumo, com isso o maior importador global, os EUA, deixam de comprar mercadorias internacionais afetando o comportamento exportador de algumas nações; sem falar na redução dos investimentos estrangeiros e a diminuição dos negócios nas bolsas de valores de todo o mundo.
Os EUA já assumiram a crise e criaram pacotes econômicos na tentativa de conter o fenômeno imobiliário...

Anônimo disse...

A raiz do problema está no mercado imobiliário.
Assim, o imovéis são valorizados. Logo depois os bancos para captar dinheiro criou títulos lastreados, ou seja, os bancos criaram instrumentos finaceiros, venderam para os investidores, que acabram vendendo os seus titulos paras outros. Ai vem em seguida os juros subiram e o preço dos imovéis começam a cair, fazendo assim as mensalidades das casas fiquem mais caras. E depoois vem a perda dos bancos , que além dos prejuizos perderam seus titulos, alguns vieram até a falencia.
Esse é o meu modo de ver a crise professor .
beeijoo's . *

Lariissa .. =)

Anônimo disse...

Os Estados Unidos e consequentemente o mundo está em uma grande bolha de crise, pois quanto mais cresce os inadimplentes, mais cresce a bomba financeira, a cada dia vemos os juros e as taxas aumentarem drasticamente de tamanho, o Brasil tem um fundo guardado, e declarou que passa por essa crise sem muitos danos, mas é complicado, pois se a maior potência do mundo cair, ela irá levar muitas outras potênciasss...

Abração professorrr...

Anônimo disse...

Os EUA entraram em uma crise que vem abalando o mundo, principalmente a Europa. Graças a essa crise, os norteamericanos que ainda tem algum dinheiro estão sentando em cima dele pra naum deixa escapar, o que está afetando a economia nacional e consequentemente, a economia global.

Anônimo disse...

deu pra enteder legala crise economica que estár afetando o mundo.
eu vi no jornal casas boas nos EUA sendo vendidas por 1 dolar, devido a crise
mais o que eu nao entendo e prq o dolar se valorisa enquanto os eua esta em crise

Anônimo disse...

Liquidez Global

Nos últmios anos, o mercado financeiro internacional tem passado por forte liquidez, com muitos recursos disponíveis.

Onda de créditos

Com tanto dinheiro "fluindo", houve aumento na concessão de crédito e com menor rigor.

Nos EUA

A expansão culminou em crise no mercado imobiliário americano, onde empresas de hipoteta têm tido problemas.

Reração

Os problemas no crédito imobiliário dos EUA tiveram reflexo mundial, e os bancos passaram até a negar recursos.